quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Solidão

A solidão me comove.
A solidão do tempo passando à porta me comove mais.
É como se arrastasse uma sombra -
Maior a cada dia do ser só.

Casa vazia - a sombra que se estendia à frente,
Embrenhou-se pela casa e seguiu quintal adentro.
Deixou uma solidão comprida, como o olhar que busca.

A cada dia a sombra se alonga.
Isso me comove.

Meus olhos se desacostumaram do choro.
Acho que se conformaram.
Eles se aperfeiçoaram a olhar, observar.
É quase fim de tarde – a sombra me entristece.
Ela, a sombra, se estende – a vida não.

2 comentários:

  1. Poesias maravilhosas e um blog que prima pela simplicidade e bom gosto nos belos textos.
    Curti muito esse espaço. ;-)

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  2. Que poema lindo,
    Ana Maria! Dearrepiar!
    Adorei seu blog, vou visit�-lo sempre.
    Beijos
    Risomar

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