terça-feira, 14 de junho de 2011

Minas

Meus desejos são minas profundas
de sentimentos tão gerais.

Eu queria que você chegasse bem devagar
E dissesse que posso dormir agora
Que vai cuidar do meu sono e espantar os fantasmas – todos.
Queria ver nos seus olhos a verdade
E então, fechar os meus e dormir – sem sustos.
Sou mina, menina, nascente de água pura – desejo.

Ah, esse céu é tão azul (pena não ser universal)!
Tenho vontade de abrir a boca e
Trazê-lo inteiro para dentro de mim.
Fecho os olhos – dentro de mim há um céu.
Sou mina, tesouro irrevelado – safira.

Eis que, do vale ao cume,
Subo vertiginosamente as montanhas do desassossego,
Como quem pisou de repente, metaforicamente,
Incoerentemente a mina – camuflados sentimentos.

Sou minas – gerais.