domingo, 25 de abril de 2010

Cidade Morta


Vive em mim uma cidade morta
Seus habitantes, suas ruas, suas casas sem reboco
Estão todos dentro de mim.

O tempo que passou ainda passa em mim
Os sentimentos de antes, tão velhos, passando
Lentamente, como a vida dali.

O sol fustiga seus moradores, como a exigir
Que se rebelem, mas, nada! Quando a noite cai,
eles escondem a tristeza no fundo das casas.

Lá dentro, junto com suas lembranças, medos,
Fantasmas sentados nos tamboretes, nos cantos dos
Alpendres, que eles recolhem no fim da tarde.

Vive em mim essa cidade morta
Perdida numa poeira vermelha, desbotada,
Sem ouro, sem o brilho das pedras, de Minas Gerais.

2 comentários:

  1. ESTOU CAMINHANDO POR SEUS BLOGS MUITO BOM!

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  2. Acho que conheço essa cidade inspiradora....rsrs...
    Luciana Silvestre.

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