Irmão, nesta noite não
falemos de nossas pelejas,
Já não tem importância neste
tempo,
Busquemos lembranças
mais alegres e
Toquemos as nossas
músicas – sem tristezas.
Por um tempo grande
demais estivemos desatentos.
Perdemos esse tempo...
Mas não falemos disso.
Ouça a música. Lembra-se desta música?
Cuidemos de ouvi-la.
Gostaria de dançar,
mas... estou inibido
– talvez me censure (já nos estranhamos tanto!).
Estivemos muito desatentos
amassando com nossos pés
As uvas do passado – puro
amargor!
A vida passa mais
devagar quando a observamos atentamente.
Lembra-se da música?
Cuidemos de ouvi-la.
Talvez goste de vinho
(eu já não sei do que gosta).
Há uma sala enorme e
vazia e gostaria de dançar, mas...
Acumulamos horas demais
para viver depois.
Poderíamos vivê-las
agora?
Irmão, ouça a música
antes que... acabe.
Gravura: Duy Huynh
'A vida passa mais devagar quando a observamos atentamente': que frase bonita e cheia de significados. Acho que sei para quem você escreveu e estou até com vontade de mandar para ele: tão bonito é que ele haveria de se comover... Quem sabe?
ResponderExcluirbjs
Ah... que linda lição. É verdade, a vida "é um sopro", como dizia Niemeyer. Por que perdemos tanto tempo com bobagens. Dancemos, ouvimos a música. A-mei! :)
ResponderExcluirMuito bonito, parabéns!
ResponderExcluir:)
Um grande beijo!
Muito bonito, sobretudo a sinestesia envolvida. O som que permeia o poema, o esforço em querer ouvir a música, sentir a uva nos pés por entre os dedos, ou então o gosto do vinho, seu aroma.
ResponderExcluirFiquei com vontade de checar o blog mas havia esquecido onde tinha anotado o endereço, ainda bem que achei! rs
Parabéns!
Entendi, foi pra mim que você escreveu né?! hahahaha
ResponderExcluirMuito bom viu! Vamos ouvir essa musica tão linda e que complicamos tanto. Adorei teu cantinho! Beijos!
www.vidacomplicada.com
Lindo!!! Como seria maravilhoso todos nessa sala enorme ao som desta música!!Beijos!
ResponderExcluirAh! Que lindo!!!Maravilha seria podermos todos juntos nesta sala vazia ouvir esta música e saber o que fizemos neste tempo de ausência...mas é sonho né? Mas não impossível. Beijos.
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