Todo dia é preciso negacear a dor
Que se sente por não ter, por não poder.
Esquece-se a dor do corpo
Pois que aquela que de fato não se sente
Pôs-se a doer muito mais.
A noite que vem chegando
Quem sabe amanhã?
Esperança é rebanho aniquilado,
Balindo desesperadamente.
Nessa terra esturricada, que surpresa,
De repente nasce uma flor.
Oh, que distração desmedida!
Sem querer foi esmagada.
Quem disse que a poesia não pode revelar a beleza que não há no sofrimento, na terra ressequida, na vida que ignoramos? Lindos versos, Ana Maria e linda imagem! Infelizmente, a seca se mantém bem viva! :)Boa terça!
ResponderExcluir"Uma flor nasceu na rua!
ResponderExcluirPassem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio,
paralisem os negócios,
garanto que uma flor nasceu."
Como sempre você escreve tristezas que iluminam e de certa forma, criam esperança...Gostei demais.
ResponderExcluir:-)
A Vanessa fez bem em lembrar do Drummond rs bela lembrança...