O ladrão passou correndo
E levou o anel que tu me deste.
Não era vidro, era puro ouro – tu disseste!
Tanta estima que eu lhe tinha
e agora somente uma marca restou.
Senhor ladrão, talvez não saiba,
Não poderia mesmo saber,
Quanto me custa ver este dedo vazio
Nele eu exibia uma prova de amor.
Corre o ladrão com minha jóia,
E logo se forma uma ciranda de espanto.
atordoada, olho a marca que ele deixou.
“Vão-se os anéis, ficam os dedos”:
Alguém na roda, teatral, recitou.
Vamos dar a meia volta – volta e meia é que não dá.
O anel não volta mais – outro ainda profetizou.
E a roda assim como se fez assim se dispersou.
Vou pensando na minha perda...
Há muito se quebrara, não o anel,
Mas o amor que outro coração furtou.
Senhor ladrão, talvez não saiba,
Nem poderia mesmo saber,
O anel que tu levaste não era vidro e tem valor,
O amor que nele havia é que era pouco
E há muito se quebrou.
Ciranda, cirandinha... E tudo agora se acabou.
E levou o anel que tu me deste.
Não era vidro, era puro ouro – tu disseste!
Tanta estima que eu lhe tinha
e agora somente uma marca restou.
Senhor ladrão, talvez não saiba,
Não poderia mesmo saber,
Quanto me custa ver este dedo vazio
Nele eu exibia uma prova de amor.
Corre o ladrão com minha jóia,
E logo se forma uma ciranda de espanto.
atordoada, olho a marca que ele deixou.
“Vão-se os anéis, ficam os dedos”:
Alguém na roda, teatral, recitou.
Vamos dar a meia volta – volta e meia é que não dá.
O anel não volta mais – outro ainda profetizou.
E a roda assim como se fez assim se dispersou.
Vou pensando na minha perda...
Há muito se quebrara, não o anel,
Mas o amor que outro coração furtou.
Senhor ladrão, talvez não saiba,
Nem poderia mesmo saber,
O anel que tu levaste não era vidro e tem valor,
O amor que nele havia é que era pouco
E há muito se quebrou.
Ciranda, cirandinha... E tudo agora se acabou.