quarta-feira, 27 de abril de 2011

À Deriva

O meu corpo está solto no universo.
Entre planetas e estrelas - mortos.
Tudo escuro, tão distante!
Absolutamente calmo – bom.
Meu corpo entorpecido. Nada o prende.
Nenhum laço – nenhum peso.
A esmo, no ermo da escuridão profunda.
No vazio – no silêncio - no nada.

Absolutamente só.

Imagino meu corpo assim tão livre.
Um solo de piano o acompanha
numa cadência de pulsação - ínfima.
Um jeito de ir além,
Muito além.

Não me chame – não me traga de volta.

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