Sobre a mesa repousa uma folha em branco.
Ao seu lado uma caneta.
Ambos esperam ansiosos.
Mas, o poeta, coitado, não se anima.
Os sentimentos, acanhados,
Descompostos.
Ele olha a caneta e o papel.
Dentro dele uma vastidão imensurável.
Quisera ele formar frases perfeitas,
Palavras vivas, dispostas em poemas,
Contos, crônicas, poesias...
Dentro dele ansiados - emaranhados.
Esqueceu-se ele que o poeta é aquele
Que lê entre-as-linhas do viver.
Não é reto o caminho que percorre,
ele se embrenha em sinuosas paisagens,
turvas muitas vezes.
É ele que vê as pedras verdes do fundo do lago,
Quando todos admiram a superfície,
E encontra um rastro de cor na fuligem das cidades.
É ele que sente o cheiro da chuva,
E adivinha o brotar da vida.
Por isso o poeta é tão só – o seu mundo é desmedido –
Assim também o amor e a dor – sem prumo.
E a sua existência é a própria poesia.
Enquanto isso,
Uma folha em branco e uma caneta repousam sobre a mesa.
Ao seu lado uma caneta.
Ambos esperam ansiosos.
Mas, o poeta, coitado, não se anima.
Os sentimentos, acanhados,
Descompostos.
Ele olha a caneta e o papel.
Dentro dele uma vastidão imensurável.
Quisera ele formar frases perfeitas,
Palavras vivas, dispostas em poemas,
Contos, crônicas, poesias...
Dentro dele ansiados - emaranhados.
Esqueceu-se ele que o poeta é aquele
Que lê entre-as-linhas do viver.
Não é reto o caminho que percorre,
ele se embrenha em sinuosas paisagens,
turvas muitas vezes.
É ele que vê as pedras verdes do fundo do lago,
Quando todos admiram a superfície,
E encontra um rastro de cor na fuligem das cidades.
É ele que sente o cheiro da chuva,
E adivinha o brotar da vida.
Por isso o poeta é tão só – o seu mundo é desmedido –
Assim também o amor e a dor – sem prumo.
E a sua existência é a própria poesia.
Enquanto isso,
Uma folha em branco e uma caneta repousam sobre a mesa.