Sob um céu de estrelas
Um trem de carga se alonga
Lento, interminável
Seus barulhos acordam corujas, grilos
E sentimentos
Da janela eu o vejo
Se embrenhando
noite afora, noite adentro
Imagino mais
Leva e traz, leva e traz, leva e traz
Leva terra
Leva flor
Leva amor
Leva dor
Leva e traz
Leva, leva, leva
Longe, longe
Sobra um silêncio na noite vazia
Foto: blog geraesdeminas (Saulo Guglielmelli)
"Café com pão
ResponderExcluirCafé com pão
Café com pão
Virge maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu presciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora
Vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente..."
Por que gostamos tanto de trem? Por que rende tantas rimas, tantas canções? É a vontade de ir? É a nossa inquietude em ficar? É a máquina? É o homem?
ResponderExcluirLindo texto! :)