Tão louca a dor que sentias
Que nem sabias se em teu peito toda se acomodava.
Quem percebia o medo que suportavas em tuas noites vazias,
Quem conhecia a solidão que carregavas em teu confuso coração?
Teus pensamentos tortos, teus passos sem prumo,
Tua fala inexata, tua vida sem tino...
Esqueceram-se todos que um dia tu foste criança,
e que traçavas grandes rotas de vôos.
e que traçavas grandes rotas de vôos.
Mas, tuas asas de ferro te prendiam ao chão.
A neblina que confundia teus sentimentos,
Menino não via, ficava mais densa a cada dia.
Muitas vezes perdeste a lucidez.
Mas, atire a primeira pedra quem nunca a perdeu!
Tão pouco eu te vi, mas meus olhos nunca se esqueceram
a dor que enxergou nos teus.
Por isso, na noite que parecia não ter fim,
quando tu decidiste voar sozinho na escuridão,
eu sei o que viste, embora não conte,
acima das nuvens escuras, acima de tudo, acima de todos,
encontraste a aurora da tua vida.
quando tu decidiste voar sozinho na escuridão,
eu sei o que viste, embora não conte,
acima das nuvens escuras, acima de tudo, acima de todos,
encontraste a aurora da tua vida.
Agora descansa, o menino, no colo do Pai.