A bolsa e o que nela continha,
Os sapatos revirados,
as roupas de agradar os olhos dos outros,
o meu nome, o meu dia,
enfim, a minha vida.
Eu tive (eu tenho) essa vontade
De largar a corda, sair da fila,
perder o prumo, o esteio
Soltar o verbo, o visgo, a rodilha
Me deixar cair no precipício,
Voltar ao início,
Errar a cor, achar o tom.
Andar em trilhas
Catar pedrinhas lisas
Para atirá-las adiante
Parar para ver, sentir e ser.
Rever a rota, repensar o querer
E cair na vida – viver.
Foto: Lásara Vargas
Foto: Lásara Vargas
Gostei muito do que escreveu, apesar do tom triste de sempre (bom, eu acho isso 'normal' rs), acho que viver de verdade, poucos conseguem...será que um dia conseguiremos? Fica a pergunta, enquanto isso, vamos vivendo....
ResponderExcluirEmbora o tom pareça triste, não o é. É a vontade que existe dentro de cada um de fazer o que realmente deseja. Desejo de mudança...
ResponderExcluirBelo texto!! Adorei.
ResponderExcluirQuerida amiga
ResponderExcluirRever a rota,
buscar novas cores,
esquecer os mapas
com os mesmos caminhos.
Em algum momento,
a vida cobra de nós,
esta atitude,
para não perder
sua essência...
Que haja sempre
uma inspiração
para acordar
as palavras
adormecidas
em tua vida.
São elas que dão sentido a tua vida,
e as vidas que passeiam por tuas palavras.
Meus parabéns! Sempre passo um tempo sem conferir as postagens, no entanto quando venho sempre há coisas interessantes. Muito bonito.
ResponderExcluirOlá, amiga,
ResponderExcluirTudo lindo por aqui: palavras e imagem. Se a gente não tira o sapato, não sente o chão, se a gente não esquece um pouco que é adulto e vira criança por instantes, é difícil de aguentar o tranco! Nessas horas, a natureza ajuda, vem ao nosso socorro! :)