domingo, 1 de abril de 2012

Desenredo

Acontece às vezes e me pego pensando
No último instante.
Se no meio de um sorriso – pra quem será? –
O coração pára! Irremediavelmente –
Sem aviso nem alarde - o deixar-se ir.

E se assim não for?
Se num momento de dor – Por que será?
Um gesto brusco interrompido,
O olhar recolhendo a última paisagem – de onde será?
O momento preciso, o perfume, a surpresa do inadiável.


A vida estala e de repente se rompe.

No exato instante – nem antes nem depois.